Novos políticos, velha política

Ainda falando sobre as desconhecidas e turvas Emendas parlamentares estaduais:

Aqui, no Estado do Pará, como não há transparência sobre quanto cada deputado recebe e nem para onde esses recursos são destinados, só com muita vontade e malabarismo é possível ter uma ideia de como esses recursos são utilizados.

Já falamos, recentemente, em duas associações que receberam dinheiro de emendas para implementar ações, um tanto quanto nebulosas. Hoje vamos falar de outro tipo de emenda: Aquela que aduba diretamente o curral eleitoral do Sr. ou Sra. Deputado (a).

Uma olhada na conta Contribuições do PARAPAZ, em 2021, mostra que a Fundação destinou,  até 14/09 os seguintes valores:



Como é possível ver, o Instituto Ercila Nicodemos, ligado à deputada Renilce Nicodemos,  recebeu o montante de R$ 4.795.000,00.

O Instituto Miguel Chamon, ligado ao deputado Chamonzinho, recebeu R$ 1.315.900,00.

Detalhe: todos os dois deputados são do MDB, partido do atual governador do Pará.

Ambos os deputados, utilizam essa associações, bancadas com recursos públicos, para atender pessoas carentes, proporcionando serviços básicos de saúde e/ou distribuindo óculos, à maneira como vem acontecendo há muitos anos em nosso Estado. Antes, por meio da ASIPAG e agora via PARAPAZ. 

É um assistencialismo que tem como objetivo promover o nome do parlamentar. Dessa forma, durante todo o mandato, as ações implementadas pelos Institutos, que deveriam ser cotidianas e comuns, tornam-se um caso espetacular, uma forma de propaganda eleitoral, haja vista toda a repercussão midiática em torno dessas ações.




Trocam-se os políticos, mas o métodos não mudam ....

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