Enriquecimento de poucos, empobrecimento de muitos!


Hoje a palavra da moda é Lobista. Mas o que é um lobista? É a pessoa que tem trânsito livre nas altas esferas dos Poderes (Executivo e Legislativo, majoritariamente) e que faz negociações visando o benefício próprio e/ou de terceiros. Nos Estados Unidos essa é uma prática regulamentada e, aqui, no Brasil ocorre há anos por debaixo dos panos. Todos sabem que isso existe mas fingem que não sabem! 

Por detrás dos lobistas estão os políticos que comandam Ministérios, Entidades e Secretarias. Os lobistas fazem a ponte entre as grandes empresas e esses políticos. Os grandes contratos são acertados nas mesas dos restaurantes e/ou nos clubes dos ricos das cidades.

Aqui, no Pará, recentemente a Polícia Federal prendeu um desses lobistas que participou de fraudes na aquisição de equipamentos médico hospitalares, respiradores pulmonares e bombas de infusão. Segundo consta no Processo, teria havido uma reunião na Casa Civil, antes mesmo da apresentação das proposta, quando teria sido decidida qual organização Social seria escolhida. Os contratos celebrados somaram R$ 1,2 bilhões.


Essa é apenas a ponta do iceberg! A gestão pública brasileira está contaminada pelos interesses daqueles que chegam ao Poder. Quanto maior o orçamento do Órgão, maior a gula e maiores as práticas danosas.

Com lobista ou sem lobista, empresas de fora do Estado têm se associado com empresas paraenses ligadas a políticos, formando consórcios que passam a ganhar rios de dinheiro, sem precisar fazer muita força.

Um desses consórcios foi formado em 2018, quando uma empresa do Paraná se uniu a uma empresa paraense que já vinha desde o inicio desse ano se instalando em determinada e rica Autarquia do Estado.  

Essa empresa paraense primeiro foi credenciada, no início de 2018,  para prestar serviços na área fim da Autarquia( não esqueçam que credenciamento é um tipo de contrato sem licitação). Detalhe: A empresa não tinha expertise nesse segmento! No final desse mesmo ano, a referida Autarquia realizou  um Pregão Eletrônico para contratação de importante e remunerado serviço de sua atividade fim.   A empresa que entrou de paraquedas foi aquinhoada com o contrato de aproximadamente R$ 2.000.000,00 por mês.

Logo após a celebração do contrato, a empresa local fez um consórcio com uma empresa do Paraná para prestar o serviço para o qual foi contratada.  

Valores recebidos:

2019.............................16.73.861,00

2020..............................16.816.628,00

2021..............................13.678.771,00

Esse é um negócio próspero e em alta no Estado. Começou com as consultorias, com as organizações sociais, com as empresas que terceirizam mão de obra, passou pela Pejotização ( outra hora falaremos sobre isso) e agora vem se incrementando com empresas que atuam na área finalística dos órgãos, inclusive e, principalmente, recebendo as tarifas e taxas que são da competência do Estado. É a privatização do serviço público! (Vide o caso COSANPA).

É um caminho sem volta, pois não há óbice para nada. Os políticos fazem o que querem pois não há controle. Os tribunais de contas são de faz de conta e o Ministério Público não tem estrutura para deter esse processo. 

O resultado: Enriquecimento de poucos, empobrecimento de muitos!


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