Bonde cheio



Em Belém jovem "bem nascido" ou que é amigo ou mesmo amigo de  amigo de gente importante não fica sem emprego. Se frequentar o clube de elite da cidade, se estudar nos colégios ditos de elite, se passear de lancha no Rio Guamá e frequentar os lugares certos em Belém e em Salinas, seu futuro estará garantido. Basta olhar nos portais de transparência do Governo do Estado, do TCE, do TCM, da ALEPA e até mesmo do TJE(PA). A lista de pendurados é extensa e muitos sobrenomes são conhecidos.

Esse tipo de empreguismo não é invenção dos tempos atuais. Há tempos isso ocorre. Nesses locais, além das comissões, assessorias, diretorias e  funções gratificadas, existem ainda os contratos temporários, que de temporário só tem o nome. É muito cargo à disposição. Assim, todos ficam bem acomodados e o desemprego não bate à porta de nossa elite.

Há caso em que a pessoa ocupa função em vários desses locais, como se além da riqueza tivesse o dom da ubiquidade. Muitas dessas pessoas que não são concursadas e ocupam "cargos de confiança" ficam ali "ad eternum e só saem na expulsória.

E assim o bonde segue cheio de felizardos, girando a roda sempre do mesmo jeito. Não importa se o Estado do Pará ostenta os piores índices de desenvolvimento do país. Afinal, no mundo onde esse pessoal vive tudo é lindo, divino e maravilhoso. Todos cegos e surdos à realidade da pobreza e miséria de nosso Estado.


Comentários

iksf disse…
Verdade, enquanto isso a população que depende dos serviços dos órgãos e entidades públicas padece com atendimentos precários, pois esses apadrinhados nada sabem da administração pública, estão ali somente acomodados no colo do erário.

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