Pará, Terra Sem Lei, réplica do velho oeste americano!


A presidente Dilma Rousseff determinou nesta terça-feira, 24 de maio, que a Polícia Federal investigue o assassinato, no Pará, do líder extrativista José Cláudio Ribeiro da Silva e da mulher dele, Maria do Espírito Santo.
O líder extrativista e sua mulher eram conhecidos por denunciar a ação ilegal de madeireiros na região. José Cláudio dizia, há tempos, que estavam ameaçados de morte.
O que essa investigação trará de alento para outros tantos guerreiros e guerreiras que lutam contra os invasores? Afinal, esse é mais um dos muitos crimes encomendados por grileiros e/ou fazendeiros e/ou madeireiros que se apossaram da terra amazônica. Primeiro, foram os invasores portugueses, que praticamente dizimaram os índios, os primeiros habitantes desta terra pródiga em riquezas minerais e vegetais. Depois, chegaram os invasores brasileiros, aventureiros de outras regiões, que vem para cá com o objetivo de enriquecer a qualquer preço.
E o que acontece após cada crime? Pirotecnia, Ações policialescas, divulgação da identidade dos criminosos, julgamentos lentos e demorados onde apenas os capangas são condenados (quando são) porque os mandantes sempre ficam a salvo, escudados pela burocracia processual e pela dedicação dos profissionais contratados a peso de ouro para  defende-los.
É um faroeste tupiniquim! Lá os índios morreram, os brancos tomaram conta do pedaço e implantaram a “civilização” para eles, os brancos... Os índios, esses ficaram condenados a viver em reservas, apartados, entregues a sua própria sorte. Lá, o Poder Público apoiou explicitamente a “colonização”, em nome do Progresso.
Aqui, os invasores chegam se apoderam da terra e das suas riquezas, matam os opositores, condenam os nativos a viverem em condição de quase miséria e o Poder Púbico faz vista grossa. Cala e consente. Nada de reforma agrária, nada de regularização fundiária, nada de política pública visando coibir a grilagem.
Em nome de quê?
Assim, o tempo passa e a Amazônia vai a cada dia perdendo a sua identidade e os seus filhos aguerridos.

"Meu canto de morte guerreiros,  ouvi! Sou filho da Selva, na selva cresci!"


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